Antes de dar à luz acho esse
termo engraçado a mulher vive um mar de rosas. Está envolvida, em boa parte
do tempo, com o universo do bebê: chá de fraldas, enxoval, decoração do quarto,
lembrancinhas da maternidade, ensaio fotográfico, curso de pais. Só que quando o filhote vem ao mundo, a mãe
aprende rapidinho a chorar, passa a entender perfeitamente porque usam tanto
aquela expressão “ser mãe é padecer no paraíso”.
Mãe chora quando o filho nasce.
Chora quando pega o filho nos braços pela primeira vez. Chora para tentar
amamentar (se conseguir e se não conseguir). Chora com as cólicas do
bebê, para levar pra vacinar e furar a orelhinha.
Foto: Daniel Queiroz (o papai) |
Mãe chora porque acha que não vai
dar conta, porque está exausta, porque perde a paciência, e porque
pensa que nunca mais vai fazer nada para si mesma. Chora porque sabe que um dia
ele vai embora (como aconteceu comigo quando ainda estava grávida!). Chora
escondido e na frente dos outros. Chora porque fica mais sensível. Chora
com propaganda de fralda, sabonete infantil e leite Ninho.
Mãe chora, muito, mas sorri também. É muito feliz a casa com criança. É
muito feliz acordar e saber que tem um toquinho de gente esperando você no
quarto ao lado. É muito feliz acompanhar o desenvolvimento do bebê; quando ele
começa a rir das suas brincadeiras, a pedir um denguinho para dormir, curtir
o banho, pegar nos pés, tentar conversar, se lambuzar todo de maçã, lutar pra ficar sentadinho. E a cada nova descoberta, mais vida (e, claro, choro).
Mãe chora porque ama intensamente. E jamais vai deixar de chorar.
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