A maternidade nos traz experiências
inesquecíveis. Do alto dos seus cinco meses de vida, minha filha já me provou
isso. Cada dia é como outro dia, mas diferente. Seguimos uma rotina (bebês
gostam de rotina), com seus horários certinhos e as mesmas tarefas, só que o sorriso que o seu filho não dava ontem, aparece hoje, compensando o cansaço e rendendo assunto para compartilhar com os familiares e
amigos. É! A maternidade deixa a gente meio boba mesmo!
Entre as experiências "mágicas" que
tive, num dia como qualquer outro... Bem, não consigo apagar da memória um olhar
da minha filha, quando ela tinha ainda uns dois meses e meio, logo após a
mamada (aliás, amamentar é maravilhoso! A gente se sente tão feminina, tão mãe!).
Naquele dia ela me olhou no fundo dos olhos, como se não tivesse a idade que
tinha. Parecia estar dizendo que me amava e o quanto eu era importante para
ela.
Eu e ela. Muito amor. Foto: Daniel Queiroz (o papai) |
Neste exato momento, escrevendo,
não consigo acreditar na “maturidade” daquele olhar. Foi profundo e ao mesmo
tempo doce. Me inundou de um sentimento forte, de plenitude, de amor indescritível.
O mundo parou ali, naquele instante, e eu não queria que nada interrompesse a poesia
tecida entre nós duas. Mãe e filha. Mais ninguém, nenhum ruído.
A maternidade é isso. Um amor tão
intenso que chega a doer. É um amor que ninguém conhece até conhecer. É um amor
sem medidas, que leva à renúncia e à plenitude. Ser mãe é ser lapidada por esse amor e por todo o sacrifício
que a missão exige, e no final vem a recompensa: um olhar que, despretensiosamente, te faz mais mulher, mais corajosa, mais viva.
Comentários
Postar um comentário
Que bom ter a sua participação! Volte sempre!