Ela só tem seis meses e eu a amo
infinito. Já tem seis meses e não posso acreditar. Por alguns instantes imagino como ela será daqui a algum tempo; os cabelos, o sorriso com
dentinhos, o jeito de ficar em pé no berço, os passos vacilantes quando começar
a andar. Depois imagino além; ela assistindo um filme comigo numa tarde chuvosa;
me ajudando a preparar uma sobremesa; escolhendo peças e cores para que eu faça
pulseirinhas pra ela. E logo quero parar de pensar nisso tudo. Está crescendo
tão rápido e não vai mais caber no meu colo, não vai poder cochilar em cima de
mim, não vai tomar o leitinho dormindo em meus braços.
Com um mês de vida. foto: Daniel Queiroz (o papai) |
Diariamente ela me surpreende com
novidades inteligentes. É bom vê-la crescer. É bom tê-la pequenina. Esse doce
paradoxo faz parte de ser mãe. Assim como a necessidade de deixar os próprios interesses
em segundo plano. Aos poucos certas coisas me são dadas de volta, algumas não
virão tão cedo, e outras nunca mais! Não dá para ser mãe sem entender o que é
renunciar. Não quero me arrepender de não ter aproveitado o suficiente, por
isso beijo e cheiro muito, brinco bastante, carrego no colo sempre que tenho
vontade, durmo de tarde coladinha nela.
Estou vivendo com a minha filha um
tempo que não vai voltar. Estou doando parte de mim para um serzinho especial,
que eu desejei e Deus me permitiu gerar. Ela está crescendo e eu também, como
mulher, como pessoa.
Lindo texto! Quando crescer mais um tantinho, que não der no colo, faz outra!
ResponderExcluirObrigada! ♥ é... a fábrica parece não estar encerrada! Rs
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