Como educar um filho com base no respeito, na empatia, no exemplo, na gentileza e na promoção da autonomia, contudo, estabelecendo limites? Muitas vezes é difícil desconstruir o padrão de educação que conhecemos na nossa infância. Aprender a ser firme e gentil, ao mesmo tempo, é um exercício diário. É necessário se colocar no lugar da criança, compreendendo seus medos e inseguranças. Ela está em formação, descobrindo o mundo ao seu redor, muitas vezes não consegue se expressar e tem dificuldade em lidar com novas situações, com suas próprias emoções e sentimentos.
Para acolher a criança, os pais devem levar em consideração as individualidades dela e as fases do seu desenvolvimento. A chave é construir e manter vínculos com ela, estar presente e fazer com que ela se sinta conectada, aceita e capaz. Para tanto, é necessário adotar alguns procedimentos:
1. Ouvir a criança e considerar o que ela está pensando, sentindo, aprendendo e decidindo.
2. Depois da escuta, dar as orientações necessárias e ensinar que as nossas escolhas podem gerar consequências positivas e negativas.
3. Entender o momento que ela está vivendo e se solidarizar.
4. Dialogar, se preocupando em saber como a mensagem chega até a criança. Falar com ela como você quer que ela fale com você e com as outras pessoas.
5. No momento da birra, compreender que a criança está passando por um sofrimento, não está sabendo resolver o conflito e nem se comunicar adequadamente. Algumas estratégias podem funcionar nesse momento: abraçar a criança; ensiná-la a respirar; ficar ao lado e deixar que ela chore para dar vazão à raiva ou frustração; chamar a atenção dela para outra coisa, para que se acalme e assim possa acontecer o diálogo.
6. Oferecer alternativas é um bom caminho. Muitas vezes os pais só dizem aos filhos o que eles não podem fazer, mas não dizem o que eles podem fazer.
7. Estabelecer limites e exercer autoridade com gentileza e respeito. Não se trata de deixar a criança fazer o que quiser. Uma tática é fazer com que ela se sinta responsável e importante através, por exemplo, de combinados.
8. Promover a autonomia, encorajar e incentivar a criança a pensar e resolver seus problemas. Assim, ela cresce mais segura e se torna mais responsável por suas ações.
9. Buscar o autocontrole. Essa parte é difícil, mas gritar com a criança não vai fazê-la entender direito o que você precisa dizer. Muitas vezes é necessário se afastar um pouco, respirar fundo, e voltar ao cenário, com a cabeça fria, para tomar a atitude correta.
10. Deixe as regras claras, bem definidas! Estabelecer regras e flexibilizá-las a todo momento só vai deixar a criança confusa. Assim, ela nunca saberá ao certo o que realmente pode e não pode fazer.
Colocar essas estratégias em prática exige de nós uma releitura do padrão educativo com o qual estamos acostumados, mas o esforço vale a pena. Dessa maneira, ensinamos o nosso filho a agir com mais respeito, empatia e cuidado, e ainda favorecemos o desenvolvimento da autoestima dele.
Em muitas situações, no momento de estresse ou na ânsia de proteger e educar nosso filho, nos comunicamos (linguagem verbal e corporal) de modo exaltado e agressivo. Obviamente, não fazemos por mal, queremos o melhor para ele. Portanto, é importante refletir sobre o que nós conhecíamos como "o ideal" e proceder com mais acolhimento, sendo um exemplo a ser seguido por ele.
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